Vem aí uma nova Festa do Caldo do Pote. E desta vez reforçada. Com mais caldos, mais potes e mais fogueiras para aquecer o frio de novembro. É já no dia 10. Vamos reviver em Sabariz a tradição
secular do caldo feito em potes de ferro, sobre lume a lenha.
É
um desafio para um final de tarde de sábado com muito convívio e recordação da saudável
gastronomia campestre do interior minhoto, numa iniciativa integrada Na Rota
das Colheitas de Vila Verde e que é organizada pela Junta de Freguesia e pela
Associação Popular de Sabariz, contando ainda com o apoio da Associação de Freguesias do Vale do Homem.
Couves,
repolho, nabos, nabiças e os mais variados feijões, sem esquecer as boas carnes
campestres, fazem parte do leque de ingredientes para a confecção dos
diferentes caldos, que incluem ainda a farinha e também a batata esmagada à
colher – tal como no tempo das boas cozinheiras deste mundo rural em que não
havia varinhas mágicas. Há ainda espaço para os caldos verde, da pedra e de
feijão verde, à lavrador, à camponesa, do Domingo de Ramos e até de bacalhau.
No
total, deverão ser confeccionados mais de 600 litros de caldo, em potes cujos
tamanhos variam entre os 10 e os 40 litros, que vão ser colocados em cima de
fogueiras a lenha, espalhadas ao longo do recinto da sede da Junta. À entrada,
as pessoas podem adquirir, por 2,5 euros, uma malga alusiva ao evento, pela
qual podem aceder a todos os caldos. Recebem ainda a broa de pão, para além de
senhas de bebida, colher e guardanapo.
Além
dos caldos, serão ainda confeccionadas pataniscas de bacalhau, em lume também a
lenha. Jovens voluntários estarão a servir bebidas e ainda doçaria local.
“É
uma festa aberta ao público em geral, por isso não sabemos nunca quantos virão.
Estamos prontos para receber mil pessoas”, adianta o presidente da Junta,
Fernando Simões Silva, sublinhando o sucesso do lançamento da Festa do Caldo
Pote, em Março último.
A
adesão foi “muito acima das expectativas”, mas foi possível dar resposta a
todas as solicitações. Desta vez, todas as cozinheiras e cozinheiros estão
preparados para, pelo menos, dobrar a sopa. No que toca aos potes, grande parte
deles esteve já a trabalhar ao longo dos últimos meses e semanas, estando
prontos a receber os ingredientes para os caldos.
O
presidente da Junta destaca “o interesse manifestado por gentes de diferentes
idades, estratos sociais e das mais diversas origens relativamente ao caldo
feito à moda antiga, no pote em ferro e ao lume a lenha”. “Não há dúvida que o
caldo tem outro sabor, é único”, assegura Fernando Simões Silva.
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